No princípio, existia apenas uma masa ocêanica viscosa. Desta emergiram um substância semelhante ao junco, que se tornou uma divindade, e ao mesmo tempo, duas outras criaturas divinas, um macho e uma fêmea. Não se sabe grande coisa acerca desta trindade primordial; mas diz-se que, da "alta planície do céu" onde moravam, foram produzindo gerações e gerações de deuses e deusas até que, a certa altura, surgiram as divindades Izanagi e Izanami, nomes que querem dizer, respectivamente, "macho que convida" e "fêmea que convida".
Izanagi e Izanami desceram do céu para o caos oceânico, caminhando sobre um arco-íris, segundo a maioria das versões, como se fora uma ponte. Chegados ao oceano primordial, Izanagi mergulhou nele a sua lança. Ao levantá-la, as gotas que caíram da ponta solidificaram-se, formando assim a ilha de Ono-koro, "a que seca sozinha".
Apesar de Izanagi e Izanami serem irmãos, casaram-se na ilha de Ono-koro. Aprenderam a arte de amar através da observação de duas alvéolas e ainda hoje estes pássaros aparecem associados ao casal. Nem mesmo o deus dos espantalhos consegue assustar as alvéolas, a recompensa pelo bem que fizeram.
Entre a prole de Izanagi e Izanami contam-se acidentes geográficos, as outras ilhas japonesas, quedas d'água e montanhas, árvores, ervas e o vento. Foi o vento que completou a criação do Japão, pois, dispersando densas névoas que tudo cobriam, revelou pela primeira vez as ilhas japonesas no seu conjunto. O primeiro filho dos dois deuses morreu ainda no ventre da mãe e esta criatura, que se parecia com uma anêmona do mar, foi evidentemente colocada no fundo do oceano.
Todos os outros filhos sobreviveram. O último a nascer, depois de todas as ilhas japonesas terem sido criadas e povoadas, causou a morte da mãe, tratava-se do deus do fogo. Pouco depois de o ter dado à luz, Izanami adoeceu com febres altíssimas que a consumiam e que, finalmente, acabaram por matá-la. Izanami desceu então aos infernos, Yomi, a "terra da escuridão" onde, apesar dos seus protestos, Izanagi a seguiu. Izanami, para castigar o marido de a ter perseguido, escorraçou-o, ajudada por espíritos femininos horríveis, mas Izanagi conseguiu fugir para o mundo dos vivos. À saída de Yomi, Izanami gritou-lhe que, em vingança, despovoaria o mundo matando mil pessoas por dia, Izanagi replicou-lhe que, por cada mil pessoas que morressem, mil e quinhentas seriam criadas.
Neste mito, o casal divino estabelece o modelo da natureza para todos os tempos e cria, pelo seu "divórcio", a vida e a morte. Izanagi, de fato, manteve a sua palavra e depois de uma purificação ritual que fez desaparecer as consequências da sua descida aos infernos, deu origem à deusa do Sol, ao deus da Lua e a Susanoo, o deus das tempestades, todo os três oriundos, segundo uma das versões, respectivamente dos olhos e do nariz de Izanagi.
domingo, 3 de junho de 2007
Eleições
O Japão adotou o sistema de eleições nacionais desde a promulgação da Constituição do Império Japonês de 11 de fevereiro de 1889. A extensão da participação popular, limitada, a princípio, a uma pequena proporção da população masculina adulta, foi crescendo gradualmente, culminando na adoção do sufrágio universal pouco tempo depois do término da Segunda Guerra Mundial.
O sistema eleitoral atual ganhou sua forma atual com a publicação da Lei Eleitoral em abril de 1950. Todos os cidadãos japoneses são elegíveis desde que tenham atingido a idade de 20 anos e comprovem que moram no local há pelo menos três meses (neste caso somente para as eleições locais). Os candidatos a cargos políticos devem ter a idade requerida para cada cargo. Os membros da Casa dos Representantes, bem como os membros das prefeituras e das assembléias locais devem ter no mínimo 25 anos de idade. Já os membros da Casa dos Conselheiros e os governadores das prefeituras devem ter pelo menos 30 anos.
Sob as leis eleitorais atuais, os membros de todos os corpos legislativos, incluindo ambas as casas da Dieta, bem como assembléias de prefeituras, cidades e vilas, são eleitos através do voto popular. Chefes do poder executivo, tais como governadores de prefeituras, prefeitos e outros chefes oficiais de governos locais, também são escolhidos através de eleições populares. O primeiro-ministro, que é eleito pela Dieta, é o único político executivo que não é escolhido pelo voto popular direto. Os membros da Casa dos Conselheiros são eleitos para cumprir mandatos de 6 anos, sendo que há eleições para conselheiros a cada 3 anos. Em 2001, o número total de membros daquela casa foi reduzido de 252 para 257 e em 2004 este número foi reduzido novamente, indo para 242. Na casa dos Representantes os 480 membros são eleitos para um mandato de 4 anos. Desses 480, 300 são eleitos a partir de círculos eleitorais de assentos únicos, ao passo que os outros 180 são eleitos sob um sistema de representação proporcional. As eleições são realizadas a cada 4 anos para a maioria dos cargos executivos e legislativos das prefeituras e governos locais.
O sistema eleitoral atual ganhou sua forma atual com a publicação da Lei Eleitoral em abril de 1950. Todos os cidadãos japoneses são elegíveis desde que tenham atingido a idade de 20 anos e comprovem que moram no local há pelo menos três meses (neste caso somente para as eleições locais). Os candidatos a cargos políticos devem ter a idade requerida para cada cargo. Os membros da Casa dos Representantes, bem como os membros das prefeituras e das assembléias locais devem ter no mínimo 25 anos de idade. Já os membros da Casa dos Conselheiros e os governadores das prefeituras devem ter pelo menos 30 anos.
Sob as leis eleitorais atuais, os membros de todos os corpos legislativos, incluindo ambas as casas da Dieta, bem como assembléias de prefeituras, cidades e vilas, são eleitos através do voto popular. Chefes do poder executivo, tais como governadores de prefeituras, prefeitos e outros chefes oficiais de governos locais, também são escolhidos através de eleições populares. O primeiro-ministro, que é eleito pela Dieta, é o único político executivo que não é escolhido pelo voto popular direto. Os membros da Casa dos Conselheiros são eleitos para cumprir mandatos de 6 anos, sendo que há eleições para conselheiros a cada 3 anos. Em 2001, o número total de membros daquela casa foi reduzido de 252 para 257 e em 2004 este número foi reduzido novamente, indo para 242. Na casa dos Representantes os 480 membros são eleitos para um mandato de 4 anos. Desses 480, 300 são eleitos a partir de círculos eleitorais de assentos únicos, ao passo que os outros 180 são eleitos sob um sistema de representação proporcional. As eleições são realizadas a cada 4 anos para a maioria dos cargos executivos e legislativos das prefeituras e governos locais.
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