Embora o Japão possua carvão e água para a energia, tem de importar petróleo e gás natural. Viu-se obrigado a utilizar a energia nuclear para se precaver em relação a necessidades futuras e reduzir a importação de matérias-primas. São grandes as reservas de carvão, contudo, o carvão é de baixa qualidade e encontra-se a grande profundidade em filões dispersos, o que torna bastante difícil e dispendiosa a sua exploração.
Os rios de forte correnteza continuam a ser uma importante fonte de energia e para controlar as águas foram construídas várias barragens e diques. O Japão tem um potencial de 20 milhões de kilowatts de energia fluvial, dos quais só utiliza 12 milhões. Os milagres econômicos de 1970 e de 1980 foram conseguidos com energia importada, principalmente petróleo. Os japoneses têm absoluta consciência de que uma crise política interna ou internacional que corte o fornecimento de petróleo terá consequências econômicas desastrosas para o país. Assim, desde a crise do petróleo de 1973 que o governo tomou algumas medidas tendentes a minorizar tais eventualidades. Isto é, fomentando as reservas, a redução dos gastos e limitação das indústrias de exportação de grande consumo, pesquisando energias alternativas, diversificando as fontes do abastecimento de petróleo e maior investimento na energia nuclear.
Os governantes japoneses vêem a energia nuclear como uma solução possível para a instabilidade e para as limitadas fontes de energia. Pretende-se assim que, nas próximas décadas, o consumo desta energia vá a mais de 50%. O povo japonês tem consciência dos perigos da energia nuclear, mas não vislumbra grandes alternativas se o país tiver de reduzir a importação de petróleo.
O Japão também depende grandemente do minério estrangeiro para as suas necessidades. O território possui minério de ferro e outros, mas em pouca quantidade, chegando apenas a 5% da grande procura industrial. As relações internacionais nipônicas são influenciadas pela grande dependência deste país da importação de matérias-primas de zonas politicamente críticas. Manter boas relações comerciais com os grandes fornecedores de minérios, tais como a África do Sul, é um imperativo.