Em 1912, morre o imperador Meiji o qual é sucedido pelo imperador Taisho. Em breve as potências européias se veriam envolvidas na destruição causada pela Primeira Guerra Mundial, possibilitando ao Japão a ocupação de grandes propriedades pertença dos alemães em Shandong e a tentativa de, através das Vinte e Uma Petições de 1915, ganhar uma posição permanente de liderança no continente asiático. O Japão imperial atingira a maturidade à medida que o imperialismo no mundo se encontrava fora de moda.
Através de um modesto envolvimento na Primeira Guerra Mundial, o Japão aumentou o seu prestígio internacional e as suas posições na Ásia e no Pacífico. O envolvimento das forças ocidentais na Grande Guerra na Europa forneceram ao Japão a oportunidade para se apoderar das colônias germânicas na China e no Pacífico e para pressionar a China a fazer novas concessões territoriais a seu favor.
A 23 de agosto de 1914, o Japão declarou guerra à Alemanha. Em novembro do mesmo ano, os nipônicos obtinham o controle das possessões germânicas em Shandong e nas ilhas do Pacífico. No documento secreto das vinte e uma questões contra a China em 1915, o governo japonês pressionou os chineses a concederam ao Japão não só o controle de Shandong, mas também de outras partes da China, Manchúria e Mongólia. Quando os chineses tornaram públicas estas demandas, foram criticados tanto no próprio país como no ocidente. Puseram a descoberto as ambições imperiais nipônicas e deram lugar a uma onda de nacionalismo na China.
Em 1918, satisfazendo a velha ambição de se sentar ao lado dos grandes poderes, o Japão foi convidado a participar, como um dos "cinco grandes", na Conferência de Paz de Versalhes, onde lhe foi reconhecido o controle sobre Shandong e as ilhas do Pacífico e igualmente assegurado um lugar no conselho da Sociedade das Nações.
A confusão que envolveu a queda do czar e a revolução bolchevista na Rússia levaram as ambições militares nipônicas até o controle da Sibéria Oriental. Em julho de 1918, o Japão enviou 75.000 soldados como parte de uma expedição militar à Sibéria. Uma vez aí, os japoneses mostraram-se relutantes em ceder às pressões internacionais para retirar e mantiveram forças militares na Sibéria até 1922.
A Primeira Guerra Mundial provocou grandes alterações na vida econômica e social do Japão. Como a economia ocidental estava absorvida na produção de material de guerra, o Japão foi capaz de produzir para os novos mercados do ocidente e principalmente da Ásia. Com o fim da guerra, as exportações desceram rapidamente e a inflação dos tempos de guerra abriu caminho para uma nova era de queda de preços. Num esforço para se manterem competitivas no setor moderno, as firmas aumentaram os investimentos e procuraram atingir um maior grau de produtividade. Contudo, o mesmo processo aumentou a diferença entre salários e qualidade de vida entre os operários do setor moderno e do setor tradicional. A par de tudo isto, surgiu a tendência para o oligopólio no setor moderno, onde as firmas zaibatsu, estruturadas em holdings, estavam nas mãos de famílias como Mitsui, Iwasaki (Mitsubishi), Yasuda, Sumitomo, Okura e mais algumas que atingiram proporções gigantescas.
A divisão da economia em dois níveis de estrutura teve consequências importantes. Na política, grupos rurais insatisfeitos obtiveram, graças ao sistema eleitoral, uma influência política considerável e uma influência que serviu para aumentar as ambições políticas do exército, que era chamado a intervir como orador e protetor dos recrutamentos rurais. Em termos econômicos, a estrutura diferencial perpetuou uma ilimitada oferta de mão-de-obra barata porque a economia moderna, graças à eficiência técnica, requeria cada vez menos mão-de-obra suplementar. O mercado interno também creceu lentamente, porque a maior parte da população foi condenada a uma baixa produção e a baixas receitas.
Assim, a década que se seguiu à Primeira Guerra Mundial foi uma época de problemas para o Japão e um período em que os planeadores econômicos enfrentaram grandes dificuldades, em parte devido às tendências liberais do período Taisho, que criaram expectativas de uma alteração a nível mundial para escapar ao controle do governo. Este governo de burocratas chefiado por um oficial protegido do general Yamagata, foi substituído em 1918 pelo primeiro gabinete presidido por um civil, que também era chefe de um partido político. O controle burocrático sobre os negócios parecia estar diminuindo. O Japão seguia as tendências internacionais. Até o seu assassinato, em 1921, Hara Kei (Takashi) demonstrou uma notável habilidade para lidar com interesses de burocratas arreigados e de militares a fim de criar interesses mais representativos.
Os anos 20 marcaram um grande colapso econômico, agravado pelos prejuízos causados pelo terremoto devastador que abalou o centro do Japão, em setembro de 1923. O sistema bancário mostrava-se periclitante porque os empréstimos não eram pagos. Estas "contas calamitosas", como eram conhecidas, contribuíram para arruinar o sistema de ações bancárias, visto que os bancos que as tivessem estavam pendentes das lentas decisões dos serviços governamentais. Ainda havia outros bancos que se encontravam manietados por determinados empréstimos feitos a clientes específicos através de compromissos dispendiosos que previamente tinham realizado com eles. As consequências desta crise foram tão grandes que se pode afirmar que o Japão entrou na grande depressão com dois anos de avanç sobre os outros países industrializados.
Como resultado, aumentou a concentração industrial à volta das maiores firmas zaibatsu que tinham resistido. Os seus bancos, o núcleo de cada rede, foram extremamente importantes para as firmas não zaibatsu. Assim, a economia japonesa do fim dos anos 20 era substancialmente diferente da economia que surgira com a Primeira Guerra Mundial. A era Taisho trouxe um grande desenvolvimento econômico e uma grande diversidade de indústrias elétrica, química e de maquinaria, mas a diversidade foi acompanhada por uma grande disparidade no bem-estar estre os dois estratos da economia japonesa. Os cartéis e os oligopólios conduziram à instabilidade política e social, assinalando a política e as desordens dos anos 30.